quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Estrutura Interna

Poemas:

Nascemos para amar – Bocage

Este poema é um soneto, ou seja, possui quatro estrofes. As duas primeiras estrofes são constituídas com quatro versos (quartetos) e as duas últimas, com três (tercetos).

Há uma relação do título com o poema. No poema claramente foi retratado a ideia de que nascemos para amar, mesmo que para alguns o amor possa se tornar uma desventura.

Nesse poema podemos destacar que há um problema humano, nem todos sabem apreciar o amor. Ele afirma que todos nós amamos, mesmo aqueles que se referem ao amor, como um ato de dor. Em uma das estrofes isso pode ser relatado:

Enleia-se por gosto a liberdade;

E depois que a paixão na alma se apura,

Alguns então lhe chamam desventura,

Chamam-lhe alguns então felicidade



Morte, Juízo, Inferno e Paraíso – Bocage

Esse poema também é um soneto, possui quatro estrofes, duas quartetos e duas tercetos.

Nesse poema podemos destacar um problema humano, onde o eu lírico, mostra que sofre por amar, que tenta se afastar daquele sentimento, mas cada vez mais ele se sente apaixonado. Aquele sentimento é a sua morte, juízo, inferno, mas que ao mesmo tempo ele sente prazer em amar, que aquilo é o seu paraíso. Sendo assim há uma grande relação do título com o poema. Em uma das estrofes isso pode ser relatado:

Quando te logro mais, mais te desejo;

Quando te encontro mais, mais te procuro;

Quando mo juras mais, menos seguro

Julgo esse doce amor, que adorna o pejo.

Nada pode se comparar contigo 


Esse poema pode ser dividido em sonetos, ou seja 4 estrofes, sendo 2 quartetos seguidos por 2 tercetos.

o título tem relação com o conteúdo pelo fato de que, na poesia ele compara várias coisas, mas chega a conclusão de que nada é tão perfeito quanto a pessoa que ele está se referindo no poema ( a pessoa amada) 




terça-feira, 28 de outubro de 2014

Eu Lírico e Tema

Nascemos para amar

Em base no eu lírico podemos observar que o poema se encontra na 1ª pessoa do plural, e o sentimento expresso nele é a insegurança de uma pessoa ao amar alguém.

Tema: Amor, aventura de amar e morte.


Morte Juízo, Inferno e Paraíso.

Em relação ao Eu lírico podemos observar que o poema se encontra na 1ª pessoa do singular, e o sentimento expresso nela é tristeza e insegurança de ter amado alguém.

Tema: Tristeza, sofrimento e amor.


Nada se pode comparar contigo 

Com base o Eu Lírico podemos observar que o poema se encontra na 2ª pessoa do singular, e o sentimento expresso é o amor, ou uma paixão inexplicável de uma pessoa por um alguém.

Tema: Natureza, amor,pessoa amada.



Opinião: Todos o poemas se interligam, os três falam sobre a pessoa amada, sobre o amor e sobre a dor que amar pode trazer. Não ha nenhum efeito cômico. O gênero predominante nas três poesias é o Lírico.

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Movimento Literario

O movimento literário do século XVIII desponta em meio a momentos marcantes da história mundial. Como o Iluminismo (movimento cultural da elite europeia que visava ao esclarecimento – século das Luzes –, levando ao espírito enciclopédico: difusão do conhecimento); a Independência dos Estados Unidos (1776); a Revolução Francesa (1789), que pregava os princípios de liberdade, igualdade e fraternidade; a Inconfidência Mineira (1789), movimento que busca a independência do Brasil em relação a Portugal; a Economia: desenvolvimento industrial e comercial; o Despotismo esclarecido do Marquês de Pombal; e a Fundação da Arcádia Lusitana (1756 – Academia Literária de Portugal).

A poesia árcade repudiava as coisas inúteis e valorizava o contato com a natureza, símbolo de felicidade e harmonia. Seus cenários são as paisagens campestres e bucólicas, em contraste com o avanço industrial e a realidade social estabelecida na época. Destaca-se o uso de frases latinas, como Carpe diem e Aurea Mediocrita, além de pseudônimos gregos e latinos adotados pelos poetas árcades.

Outra importante academia árcade de Portugal foi a Nova Arcádia, fundada em 1790 e que contou com um dos maiores poetas portugueses do século XVIII: Bocage.

O gênero literário predominante no Arcadismo português foi a poesia, embora tenha havido criação em outros gêneros também.

Embora os escritores árcades fossem em sua maioria homens cultos e bem posicionados socialmente, eles defendiam um ideal de vida simples e natural como forma de protesto contra os excessos da luxuosa vida aristocrata.Então aqui nos trago alguns dos termos muito usados no arcadismo de grande importância:

Aurea Mediocritas: os poetas, autointitulados pastores, exaltavam a vida simples, equilibrada, espontânea e humildade. Para ser feliz, bastava estar em comunhão com a natureza.

Pseudônimos pastoris: o fingimento poético (simulação de sentimentos fictícios) é marcado pela utilização dos pseudônimos pastoris. Como pastores, os poetas, em sua maioria burgueses que vivam nos centros urbanos, realizavam o ideal da mediocridade dourada (aurea mediocritas).

Carpe diem: significa aproveitar o dia, viver o momento com grande intensidade. Foi a atitude assumida pelos poetas-pastores, que acreditavam que o tempo não parava e, por isso, deveria ser vivido plenamente em todos os sentidos.





Referências Bibliograficas:

http://educacao.globo.com/
http://www.fontedosaber.com

sábado, 25 de outubro de 2014

Poesia



Nascemos para Amar

|Nas|ce|mos| |pa|ra a|mar| |a| |Hu|ma|ni|da|de (Hendecassilaba-11)
|Vai|, |tar|de ou| ce|do, aos| la|ços| |da| |ter|nu|ra. (Decassilaba -10)
|Tu és| do|ce a|tra|ti|vo, ó| For|mo|su|ra, (Eneassilaba-9)
|Que en|canta|, |que| se|duz|, |que| |per|sua|de. (Eneassilaba-9)

Numero de versos: 4 (quadra)

|En|leia|-se| |por| |gos|to a| li|ber|da|de; (Eneassilaba-9)
|E| de|pois| |que a| pai|xão| |na al|ma| |se a|pu|ra, (Decassilaba-10)
|Al|guns| |en|tão| |lhe| |cha|mam| |des|ven|tu|ra, (Decassilaba-10)
|Cha|mam|-lhe al|guns| |en|tão| |fe|li|ci|da|de. (Decassilaba-10)

Numero de versos: 4 (quadra)

|Qual|| |se a|bis|ma |nas| |lô|bre|gas| |tris|te|zas,(Decassilaba-10)
|Qual| |em| |sua|ves| |jú|bi|los| |dis|cor|re, (Eneassilaba-9)
|Com| |es|pe|ran|ças| |mil| |na i|dei|a a|ce|sas.(Decassilaba-10)

Numero de versos: 3 (terceto)

|A|mor| |ou| |des|fa|le|ce, ou| |pa|ra, ou| |cor|re: (Decassilaba-10)
|E|, |se|gun|do as| |di|ver|sas| |na|tu|re|zas,( Decassilaba-10)
|Um| |por|fi|a, es|te es|que|ce, a|que|le| |mor|re.(Hendecassilaba-11)

Numero de versos: 3 (terceto)

Bocage, in 'Sonetos'



Morte, Juízo, Inferno e Paraíso

Em| que es|ta|do, |meu |bem|, |por| |ti| me| ve|jo, (10-Decassilaba)
Em| que es|ta|do in|fe|liz|, pe|no|so e |du|ro! (10-Decassilaba)
De|li|do o| co|ra|ção |de| um| fo|go im|pu|ro, (Hendecassilaba-11)
|Meus| pe|sa|dos| gri|lhões| ado|ro e |bei|jo.  (Eneassilaba-9)

Numero de versos: 4 (quadra)
Quan|do |te| lo|gro |mais|, mais|  te| de|se|jo; (10-Decassilaba)
Quan|do |te en|con|tro |mais|, |mais| |te| pro|cu|ro; (Hendecassilaba-11)
Quan|do| mo| ju|ras |mais|, me|nos| se|gu|ro (10-Decassilaba)
Jul|go esse| do|ce amor|, que a|dor|na o pe|jo. (8- Octosisilaba)

Numero de versos: 4 (quadra)

As|sim| pas|so, as|sim| vi|vo, as|sim |me|us fa|dos (10-Decassilaba)
Me| de|sar|rei|gam| d'alma| a| paz| e o |ri|so, (10-Decassilaba)
Sen|do |só| meu| sus|ten|to os| me|us cui|da|dos; (10-Decassilaba)

Numero de versos: 3 (terceto)

E|, de| to|do apa|ga|da a |luz| do| si|so, (10-Decassilaba)
Es|que|cem|-me| (ai| de| mim!) |por| teus agra|dos (10-Decassilaba)
Mor|te, Juí|zo, Inf|er|no e Pa|raí|so.  (Eneassilaba-9)

Numero de versos: 3 (terceto)

Bocage, in 'Sonetos'



Nada se Pode Comparar Contigo

|O| |le| |do| |pas|sa| |rinho|, |que| |gor|jei|a (Decassilaba-10)
|D'|al|ma| |ex|pri|min|do| |a| |cân|di|da| |ter|nu|ra (Alexandrino-12)
|O| |ri|o| |trans|pa|ren|te, |que| |mur|mu|ra, (Decassilaba-10)
|E| |por| |en|tre |pe|dri|nha|s |ser|pen|tei|a; (Decassilaba-10)

Numero de versos: 4 (quadra)

|O| |Sol|,| que o| |céu| |diá|fa|no| |pas|sei|a, (Eneassilaba-9)
|A| |Lu|a|, |que| |lhe| |de|ve| |a| |for|mo|su|ra, (Hendecassilaba-11)
|O| |sor|ri|so d|a Au|ro|ra|, al|e|gre e| pu|ra|, (Hendecassilaba-11)
|A| ro|sa|, |que e|ntre| os| Zé|fi|ros| |on|dei|a; (Decassilaba-10)

Numero de versos: 4 (quadra)

|A| se|re|na, a|mo|ro|sa| Pri|ma|ve|ra, (Decassilaba-10)
|O| |do|ce| au|tor| das| gló|rias| que| con|si|go, (Decassilaba-10)
|A| |Deu|sa| |das| |pai|xões| |e| |d|e Ci|te|ra; (Decassilaba-10)

Numero de versos: 3 ( terceto)

|Quan|to| |di|go|, |meu| |bem|, |qua|nto| |não| |di|go,(Decassilaba-10)
|Tu|do em| |tua| |pre|sen|ça| |de|ge|ne|ra.(Eneassilaba-9)
|Na|da| |se| |po|de| |com|pa|rar| |con|ti|go. (Decassilaba-10)

Numero de verbos ( terceto)

Bocage, in 'Sonetos'



http://www.citador.pt/poemas/a/manuel-maria-barbosa-du-bocage