domingo, 9 de novembro de 2014

Sons e Imagem


Morte, Juízo, Inferno e Paraíso

Por sua morfologia e estrutura se percebe que o poema se divide em forma de soneto composto por 2 quartetos e 2 tercetos, sendo também separado em sílabas em decassílabo. Apresenta uma figura de pensamento ou linguagem bem comum de paradoxo por possuir oposição de idéias isto se percebe nos primeiros versos da 1º estrofe. E, além disso, no poema Bocage representa o Amor e a condição de quem ama por metáforas comuns: o fogo e a prisão.Apresentando rimas interpoladas.


Nascemos para amar

Também um soneto,sendo também levado ao lado do romantismo e sentimentalismo do autor, Bocage se prende a uma atitude de coerção das atitudes sociais e o de Aretino busca integrar a metafísica e a ação social no processo da escrita, o que a livraria do processo condenatório das ações humanas.Composto por rimas emparelhadas


quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Estrutura Interna

Poemas:

Nascemos para amar – Bocage

Este poema é um soneto, ou seja, possui quatro estrofes. As duas primeiras estrofes são constituídas com quatro versos (quartetos) e as duas últimas, com três (tercetos).

Há uma relação do título com o poema. No poema claramente foi retratado a ideia de que nascemos para amar, mesmo que para alguns o amor possa se tornar uma desventura.

Nesse poema podemos destacar que há um problema humano, nem todos sabem apreciar o amor. Ele afirma que todos nós amamos, mesmo aqueles que se referem ao amor, como um ato de dor. Em uma das estrofes isso pode ser relatado:

Enleia-se por gosto a liberdade;

E depois que a paixão na alma se apura,

Alguns então lhe chamam desventura,

Chamam-lhe alguns então felicidade



Morte, Juízo, Inferno e Paraíso – Bocage

Esse poema também é um soneto, possui quatro estrofes, duas quartetos e duas tercetos.

Nesse poema podemos destacar um problema humano, onde o eu lírico, mostra que sofre por amar, que tenta se afastar daquele sentimento, mas cada vez mais ele se sente apaixonado. Aquele sentimento é a sua morte, juízo, inferno, mas que ao mesmo tempo ele sente prazer em amar, que aquilo é o seu paraíso. Sendo assim há uma grande relação do título com o poema. Em uma das estrofes isso pode ser relatado:

Quando te logro mais, mais te desejo;

Quando te encontro mais, mais te procuro;

Quando mo juras mais, menos seguro

Julgo esse doce amor, que adorna o pejo.

Nada pode se comparar contigo 


Esse poema pode ser dividido em sonetos, ou seja 4 estrofes, sendo 2 quartetos seguidos por 2 tercetos.

o título tem relação com o conteúdo pelo fato de que, na poesia ele compara várias coisas, mas chega a conclusão de que nada é tão perfeito quanto a pessoa que ele está se referindo no poema ( a pessoa amada) 




terça-feira, 28 de outubro de 2014

Eu Lírico e Tema

Nascemos para amar

Em base no eu lírico podemos observar que o poema se encontra na 1ª pessoa do plural, e o sentimento expresso nele é a insegurança de uma pessoa ao amar alguém.

Tema: Amor, aventura de amar e morte.


Morte Juízo, Inferno e Paraíso.

Em relação ao Eu lírico podemos observar que o poema se encontra na 1ª pessoa do singular, e o sentimento expresso nela é tristeza e insegurança de ter amado alguém.

Tema: Tristeza, sofrimento e amor.


Nada se pode comparar contigo 

Com base o Eu Lírico podemos observar que o poema se encontra na 2ª pessoa do singular, e o sentimento expresso é o amor, ou uma paixão inexplicável de uma pessoa por um alguém.

Tema: Natureza, amor,pessoa amada.



Opinião: Todos o poemas se interligam, os três falam sobre a pessoa amada, sobre o amor e sobre a dor que amar pode trazer. Não ha nenhum efeito cômico. O gênero predominante nas três poesias é o Lírico.

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Movimento Literario

O movimento literário do século XVIII desponta em meio a momentos marcantes da história mundial. Como o Iluminismo (movimento cultural da elite europeia que visava ao esclarecimento – século das Luzes –, levando ao espírito enciclopédico: difusão do conhecimento); a Independência dos Estados Unidos (1776); a Revolução Francesa (1789), que pregava os princípios de liberdade, igualdade e fraternidade; a Inconfidência Mineira (1789), movimento que busca a independência do Brasil em relação a Portugal; a Economia: desenvolvimento industrial e comercial; o Despotismo esclarecido do Marquês de Pombal; e a Fundação da Arcádia Lusitana (1756 – Academia Literária de Portugal).

A poesia árcade repudiava as coisas inúteis e valorizava o contato com a natureza, símbolo de felicidade e harmonia. Seus cenários são as paisagens campestres e bucólicas, em contraste com o avanço industrial e a realidade social estabelecida na época. Destaca-se o uso de frases latinas, como Carpe diem e Aurea Mediocrita, além de pseudônimos gregos e latinos adotados pelos poetas árcades.

Outra importante academia árcade de Portugal foi a Nova Arcádia, fundada em 1790 e que contou com um dos maiores poetas portugueses do século XVIII: Bocage.

O gênero literário predominante no Arcadismo português foi a poesia, embora tenha havido criação em outros gêneros também.

Embora os escritores árcades fossem em sua maioria homens cultos e bem posicionados socialmente, eles defendiam um ideal de vida simples e natural como forma de protesto contra os excessos da luxuosa vida aristocrata.Então aqui nos trago alguns dos termos muito usados no arcadismo de grande importância:

Aurea Mediocritas: os poetas, autointitulados pastores, exaltavam a vida simples, equilibrada, espontânea e humildade. Para ser feliz, bastava estar em comunhão com a natureza.

Pseudônimos pastoris: o fingimento poético (simulação de sentimentos fictícios) é marcado pela utilização dos pseudônimos pastoris. Como pastores, os poetas, em sua maioria burgueses que vivam nos centros urbanos, realizavam o ideal da mediocridade dourada (aurea mediocritas).

Carpe diem: significa aproveitar o dia, viver o momento com grande intensidade. Foi a atitude assumida pelos poetas-pastores, que acreditavam que o tempo não parava e, por isso, deveria ser vivido plenamente em todos os sentidos.





Referências Bibliograficas:

http://educacao.globo.com/
http://www.fontedosaber.com

sábado, 25 de outubro de 2014

Poesia



Nascemos para Amar

|Nas|ce|mos| |pa|ra a|mar| |a| |Hu|ma|ni|da|de (Hendecassilaba-11)
|Vai|, |tar|de ou| ce|do, aos| la|ços| |da| |ter|nu|ra. (Decassilaba -10)
|Tu és| do|ce a|tra|ti|vo, ó| For|mo|su|ra, (Eneassilaba-9)
|Que en|canta|, |que| se|duz|, |que| |per|sua|de. (Eneassilaba-9)

Numero de versos: 4 (quadra)

|En|leia|-se| |por| |gos|to a| li|ber|da|de; (Eneassilaba-9)
|E| de|pois| |que a| pai|xão| |na al|ma| |se a|pu|ra, (Decassilaba-10)
|Al|guns| |en|tão| |lhe| |cha|mam| |des|ven|tu|ra, (Decassilaba-10)
|Cha|mam|-lhe al|guns| |en|tão| |fe|li|ci|da|de. (Decassilaba-10)

Numero de versos: 4 (quadra)

|Qual|| |se a|bis|ma |nas| |lô|bre|gas| |tris|te|zas,(Decassilaba-10)
|Qual| |em| |sua|ves| |jú|bi|los| |dis|cor|re, (Eneassilaba-9)
|Com| |es|pe|ran|ças| |mil| |na i|dei|a a|ce|sas.(Decassilaba-10)

Numero de versos: 3 (terceto)

|A|mor| |ou| |des|fa|le|ce, ou| |pa|ra, ou| |cor|re: (Decassilaba-10)
|E|, |se|gun|do as| |di|ver|sas| |na|tu|re|zas,( Decassilaba-10)
|Um| |por|fi|a, es|te es|que|ce, a|que|le| |mor|re.(Hendecassilaba-11)

Numero de versos: 3 (terceto)

Bocage, in 'Sonetos'



Morte, Juízo, Inferno e Paraíso

Em| que es|ta|do, |meu |bem|, |por| |ti| me| ve|jo, (10-Decassilaba)
Em| que es|ta|do in|fe|liz|, pe|no|so e |du|ro! (10-Decassilaba)
De|li|do o| co|ra|ção |de| um| fo|go im|pu|ro, (Hendecassilaba-11)
|Meus| pe|sa|dos| gri|lhões| ado|ro e |bei|jo.  (Eneassilaba-9)

Numero de versos: 4 (quadra)
Quan|do |te| lo|gro |mais|, mais|  te| de|se|jo; (10-Decassilaba)
Quan|do |te en|con|tro |mais|, |mais| |te| pro|cu|ro; (Hendecassilaba-11)
Quan|do| mo| ju|ras |mais|, me|nos| se|gu|ro (10-Decassilaba)
Jul|go esse| do|ce amor|, que a|dor|na o pe|jo. (8- Octosisilaba)

Numero de versos: 4 (quadra)

As|sim| pas|so, as|sim| vi|vo, as|sim |me|us fa|dos (10-Decassilaba)
Me| de|sar|rei|gam| d'alma| a| paz| e o |ri|so, (10-Decassilaba)
Sen|do |só| meu| sus|ten|to os| me|us cui|da|dos; (10-Decassilaba)

Numero de versos: 3 (terceto)

E|, de| to|do apa|ga|da a |luz| do| si|so, (10-Decassilaba)
Es|que|cem|-me| (ai| de| mim!) |por| teus agra|dos (10-Decassilaba)
Mor|te, Juí|zo, Inf|er|no e Pa|raí|so.  (Eneassilaba-9)

Numero de versos: 3 (terceto)

Bocage, in 'Sonetos'



Nada se Pode Comparar Contigo

|O| |le| |do| |pas|sa| |rinho|, |que| |gor|jei|a (Decassilaba-10)
|D'|al|ma| |ex|pri|min|do| |a| |cân|di|da| |ter|nu|ra (Alexandrino-12)
|O| |ri|o| |trans|pa|ren|te, |que| |mur|mu|ra, (Decassilaba-10)
|E| |por| |en|tre |pe|dri|nha|s |ser|pen|tei|a; (Decassilaba-10)

Numero de versos: 4 (quadra)

|O| |Sol|,| que o| |céu| |diá|fa|no| |pas|sei|a, (Eneassilaba-9)
|A| |Lu|a|, |que| |lhe| |de|ve| |a| |for|mo|su|ra, (Hendecassilaba-11)
|O| |sor|ri|so d|a Au|ro|ra|, al|e|gre e| pu|ra|, (Hendecassilaba-11)
|A| ro|sa|, |que e|ntre| os| Zé|fi|ros| |on|dei|a; (Decassilaba-10)

Numero de versos: 4 (quadra)

|A| se|re|na, a|mo|ro|sa| Pri|ma|ve|ra, (Decassilaba-10)
|O| |do|ce| au|tor| das| gló|rias| que| con|si|go, (Decassilaba-10)
|A| |Deu|sa| |das| |pai|xões| |e| |d|e Ci|te|ra; (Decassilaba-10)

Numero de versos: 3 ( terceto)

|Quan|to| |di|go|, |meu| |bem|, |qua|nto| |não| |di|go,(Decassilaba-10)
|Tu|do em| |tua| |pre|sen|ça| |de|ge|ne|ra.(Eneassilaba-9)
|Na|da| |se| |po|de| |com|pa|rar| |con|ti|go. (Decassilaba-10)

Numero de verbos ( terceto)

Bocage, in 'Sonetos'



http://www.citador.pt/poemas/a/manuel-maria-barbosa-du-bocage

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Biografia


                                   

Bocage (1765-1805) nasceu em Setúbal, Portugal, no dia 15 de setembro de 1765. Filho de José Luís Soares de Barbosa, juiz de fora e ouvidor, e de Mariana Joaquina Xavier l'Hedois Lustoff du Bocage, descendente de família da Normandia, região histórica do noroeste da frança.

Com 14 anos de idade, assentou praça na Marinha. Em 1786 esteve no Brasil. Nesse mesmo ano viajou para o Oriente, permanecendo na Índia como guarda-marinha. Desertou da Marinha e passou a viver uma vida errante e boêmia.

Em 1790, voltou à Lisboa. Iniciou sua atividade literária, seguindo a moda do Arcadismo, escrevendo poesias que falam de pastores, pastoras e ovelhas, observa-se também a utilização da mitologia clássica. O próprio nome do movimento, foi tirado de Arcádia, região da Grécia onde, segundo a mitologia, pastores e pastoras levavam uma vida inocente e feliz, em contato com a natureza.

Bocage chegou a participar de uma espécie de associação de poetas chamada Nova Arcádia, com o pseudônimo de Elmano Sadino. Com o tempo abandonou a poesia artificial e começou a falar do seu mundo interior, de seus dramas amorosos e existenciais, numa linguagem que encontrou grande receptividade entre os leitores daquela época e dos séculos seguintes, sendo o poeta mais lido em Portugal.

Sua obra é muitas vezes classificada de transitória. Surgiu no momento marcado por grandes transformações na Europa, decorrente da Revolução Francesa e do florescimento do Romantismo. Sua poesia individualista pessoal já era uma antecipação do que seria a poesia romântica do século XIX. Bocage é um dos maiores sonetistas líricos da literatura portuguesa, junto com Camões e Antero de Quental. Escreveu todos os gêneros literários de seu tempo: idílios, odes, canções, epístolas e fábulas.

Acusado de satirizar o clero e a nobreza, foi processado e preso pela inquisição. Deixou fama de poeta satírico e, com o tempo, seu nome tornou-se sinônimo de contador de histórias picantes e obscenas. Durante o período que esteve preso, passou traduzindo autores franceses e latinos.

Manuel Maria Barbosa du Bocage faleceu em Lisboa, Portugal, no dia 21 de dezembro de 1805.





http://www.e-biografias.net/bocage/